sábado, 12 de abril de 2008

Sob a nudez dos olhos [ vulgo Ana Carolina ]



Te olham nos olhos e você reclama que te olham muito profundamente...
Desculpa, tudo o que vivi foi profundamente.
Eu te ensinei quem sou e você foi me tirando os espaços entre os abraços,
guarda-me apenas uma fresta.
E eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissesem...
Até onde posso ir pra te resgatar?
Reclama de mim como se houvesse a possibilidade de eu me inventar de novo!
Desculpa se te olho profundamente...
Rente a pele a ponto de ver seus ancestrais nos seus traços,
a ponto de ver a estrada muito antes dos teus passos.
Eu não vou separar minhas vitórias dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim, nenhuma parte, nenhum pedaço...
do meu ser, vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva! E permanecer te olhando profundamente!

3 comentários:

sr_vinicius disse...

belo post. :D

Unknown disse...

Nas ruas de outono os meus passos vão ficar...
E todo abandono que eu sentia vai passar...
As folhas pelo chão que um dia o vento vai levar...
...E os olhos só verão que tudo poderá mudar...

Unknown disse...

Viver. Seguir sem perceber. Ser. Querer quando não se pode mais. E nos deparar no reflexo dum outrem. Por que procurar por um espelho? Aparências? Não precisamos ser assim. Não! Sentir. A nossa vida não precisa deixar de ser prioridade para compartilhá-la com os demais. Desde quando trocar a liberdade por um sorriso?