sábado, 11 de dezembro de 2010

Do.inesperado.

Primeiro era só voz que ecoava nos traços finos que o destino desenhava. Depois de ver, era rascunho talvez do que viria a acontecer. Dois pontos de fuga suficientemente inconscientes e delicados davam início ao desejo e ao prazer. Prazer por trás do olhar que mais do que palavras falava. Prazer exacerbado no sorriso que ela dava. Prazer na agradável companhia, prazer em descobrir, conhecer e aprender um mundo novo.

A noite pincelava multicores nos gestos atrapalhados enquanto a canção refletia os paralelos de nosso ser abstrato. Dúvidas e razões se misturavam no insensato, a arte do momento. Momento esse que dava forma a uma estrada que a brisa inegável da essência tocava.

Tom e inspiração para compor melodias imaginárias no corpo e no papel começaram a nascer. E o universo tão propenso aos passos intensos de nossa imensidão nos deu um quadro de alegria e confusão. Um toque de Vênus nas mãos de Afrodite. E o que era aparentemente tão oposto e tão igual tornava o destino uma fatal filosofia. Nós somos compostos de visão, som e sentidos nas mãos do avesso e do acaso, indefinido e inesperado.

Um comentário:

Bah. disse...

é incrível sua habilidade com as palavras *-*